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Bacharel em Nutrição, Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, Administração Hospitalar e Geriatria, além de Nutrição Esportiva e Estética. Cursos na área de Suplementação Nutricional, Alimentação Funcional, Boas Práticas de Fabricação e Manipulação, Fitoterapia Funcional, etc. Atuando em Assessoria Nutricional, Personal Diet e Consultório. Sempre em busca de saúde e bem-estar, respeitando religiões, tabus e individualidade bioquímica, pois o que é bom para uma pessoa pode não ser para outra.

sábado, 1 de junho de 2013

Sibutramina: Prós e contras para um emagrecimento rápido.



A Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu, em 27 de maio de 2013, manter a venda e o monitoramento de medicamento a base de sibutramina no Brasil. A decisão, fundamentada em monitoramento do mercado do referido medicamento nacional ao longo de 2012, também sustentou as restrições já existentes para a venda do produto. Dessa forma, as regras para o uso da sibutramina permanecem as mesmas adotadas em outubro de 2011. Naquele ano, a Anvisa publicou regulamento que aumentou o controle sobre a sibutramina. A Resolução RDC 52/2011 da Anvisa estabeleceu a obrigatoriedade dos profissionais de saúde, empresas detentoras de registro e farmácias e drogarias de notificarem, obrigatoriamente, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária sobre casos de efeitos relacionados ao uso de medicamentos que contém sibutramina. Além disso, indicou a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de uso do produto. No entanto, os produtos a base de anfetamina ainda continuam proibidos no Brasil.

No início da década de 80, a sibutramina foi desenvolvida como antidepressivo, agindo em áreas do cérebro que controlam não somente o humor e sensação de bem estar, como também o apetite.

A sibutramina auxilia na redução do peso promovendo um aumento da sensação da saciedade agindo também sobre a compulsão alimentar e como inibidora da sensação de fome. Ela age inibindo a reabsorção e a degradação de neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina e a dopamina, fazendo com que essas substâncias fiquem disponíveis por mais tempo estimulando os neurônios.




Em novembro de 1997, o FDA, agência americana que controla a qualidade dos alimentos e medicamentos, aprovou nos Estados Unidos o uso da sibutramina para o controle de peso. 

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Cambridge, demonstraram que, em ratos, a sibutramina eleva a concentração extracerebral de dopamina e de serotonina e sugerem que a ação antiobesidade do medicamento pode ser resultante das mudanças provocadas por esse aumento da dopamina atuando no cérebro, assim como alterações metabólicas resultantes de serotonina circulante.

Em dezembro desse mesmo ano, um grupo de defesa do consumidores, nos Estados Unidos, pediu a proibição da venda da sibutramina, tendo como base um estudo elaborado pela FDA que demonstrou que 11,4% das pessoas que tomam sibutramina morrem ou sofrem paradas cardíacas ou derrames.

A Agência Européia de medicamentos declarou: "Os riscos que este medicamento provoca são bem maiores que os benefícios.

Estudos recentes, ainda controversos, atribuem a sibutramina um aumento da taxa metabólica de repouso (aumentaria o gasto calórico em situações de repouso). Existe ainda a possibilidade de que os mecanismos, ainda desconhecidos, sejam responsáveis pela perda de peso em pacientes usuários desse medicamento.

EFEITOS COLATERAIS RELATADOS PELOS USUÁRIOS:
Boca seca, nó na garganta, estufamento, falta de apetite, irritação dos ouvidos, diminuição da mestruação, palpitação, stress, sensação de bem estar e euforia intercalado com irritabilidade, diminuição de libido, insônia, comportamento antissocial, isolamento, momentos de euforia passageiros, comportamento suicida, sensação de rejeição, sensação de perseguição, etc.

EFEITOS COLATERAIS RELATADOS PELOS USUÁRIOS APÓS SUSPENSÃO DO USO:
Ganho de peso, aumento do apetite, maior que antes do uso do medicamento, ansiedade, depressão, etc.

EFEITOS COLATERAIS INDICADOS NA BULA DO MEDICAMENTO:
Cefaleia, boca seca, constipação, insônia, hipertensão, taquicardia e sudorese, edema generalizado, etc.

CONTRA INDICAÇÃO:
  • Pacientes com história ou presença de transtornos alimentares
  • Pacientes com hipersensibilidade conhecida a sibutramina ou a qualquer outro componente da fórmula
  • Caso de gravidez ou lactação
  • Pacientes recebendo inibidores da monoaminoxidase (intervalo de 2 semanas após interrupção dos IMAOS)
  • Pacientes recebendo outros medicamentos supressores do apetite de ação central
  • Paciente com história de hipertensão cardíaca 
  • Paciente com história de taquicardia
  • Paciente com história de doença arterial coronariana
  • Paciente com insuficiência cardíaca congestiva
  • Pacientes com arritmia
  • Paciente com história de acidente vascular cerebral
  • Paciente com glaucoma de ângulo fechado
  • Pacientes portadores de hipotireoidismo não tratados
  • Pacientes com história de hipertensão pulmonar
  • Pacientes com epilepsia
  • Pacientes com disfunção hepática/renal
  • Pacientes com distúrbios hemorrágicos
  • Pode prejudicar pensamentos, julgamentos ou habilidade motoras (dirigir ou operar máquinas)
  • Crianças com menos de 16 anos
  • Não é recomendado seu uso com álcool



CONCLUSÃO
Não entrarei no mérito dos motivos que levaram a Anvisa a liberar a sibutramina. Há uma forte pressão da indústria farmacêutica e dos próprios médicos, que alegam não ter muitos meios para tratar o obeso. O fato de haver ou não uma liberação da sibutramina não muda muito, pois esse medicamento sempre foi comercializado no mercado negro, todos sabemos disso. A vantagem dessa liberação é que o paciente terá o médico como cúmplice.
A obesidade é uma doença que tem inúmeras causas. Descartando problemas de algumas síndromes, o tratamento se torna praticamente psicológico e nutricional.
A perda de peso rápida, com restrição calórica e de nutrientes importantes, causa vários danos ao organismo, que poderão ser irreparáveis. Além disso, o paciente não ficará tomando essa medicação pela vida toda. Sendo assim, ao suspender seu uso, voltará a se alimentar como antes, além de uma forte depressão. Portanto, a única solução definitiva é conseguida através de uma reeducação alimentar juntamente com atividade física e, se necessário, há suplementos que auxiliam nesse processo, sem a necessidade de uso de medicamentos que podem emagrecer rápido, porém danificar o organismo para sempre.
Em se tratando de conseguir um emagrecimento, não há segredos, mas sim, determinação e trabalho em conjunto com uma equipe interdisciplinar, sempre que necessário. 

Nutricionista Lúcia Silva

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

saudável até que ponto...

Alimentos que parecem inofensivos à primeira vista podem sabotar a dieta equilibrada quando consumidos em excesso.
Não basta boa vontade no jogo da alimentação balanceada, é preciso conhecimento e faro apurado para não sair por aí trocando seis por meia dúzia. Afinal, não é qualquer novidade na gôndola, por exemplo, que tem gabarito para substituir uma refeição ou fazer a vez de lanche saudável todo santo dia. A repetição é o problema. Às vezes, podem estar escondidas altas doses de açúcar, sódio, aditivo químico. E pior: em alguns desses itens fibra, vitaminas e minerais podem deixar a desejar. São as chamadas comidas para o cérebro, que proporcionam uma sensação de bem-estar psicológico, em detrimento do bem-estar físico.

Veja alguns desses alimento e como torná-los mais saudáveis:

FROZEN IOGURT
 
A maioria das marcas não tem as bactérias benéficas do derivado do leite. Sem os micro-organismos, são apenas sobremesas à base de leite coalhado. A boa notícia é que quase todos são zero gordura e pobre em açúcar. São mais magros que uma bola de sorvete de creme, praticamente a metade do valor calórico. O problema é quando são acompanhados com ingredientes supercalóricos.

Evite turbinar o frozen com calda de chocolate, canudos de wafer, açúcar cristal colorido, confete, etc, pois pode virar uma bomba calórica.
 
 
Prefira frozen natural com kiwi, pêssego, mirtilo e lichia. Se não resistir, coloque calda de morango que é menos calórica que a de chocolate. Dessa forma você terá um mix de vitaminas e menos calorias.
 
 


SUSHI, TEMAKI...
 
A culinária oriental cruzou fronteiras, mas o jeitinho brasileiro já tratou de adaptá-la ao nosso paladar, com iguarias que recebem banho de óleo, casos do hot roll e do rolinho de peixe frito. quando aquecido a elevadas temperaturas, o óleo sofre modificações na estrutura química, que alteram os níveis de lipídios no sangue. Sem contar que temakis com maionese ou cream cheese, bem mais calóricos que as versões nipônicas originais.

Evite o temaki de salmão com cream cheese, rolinho primavera de queijo, hot roll com cream cheese e tempurá de camarão. Cuidado também com o molho shoyo, que é rico em sódio, ou molho teriyaki, que é bem calórico.
 
 
Prefira sashimi de linguado, rolls de algas, arroz e pepino, sushis de atum, temaki de kani sem maionese, guioza de legumes no vapor e shimeji sem manteiga. Para temperar use pasta de raiz-forte ou gengibre.
 
 


SOPA
 
Congelada, de saquinho ou lata, ela quebra um galho à mesa. Mas um prato desses pode ter até a metade da cota diária de sódio recomendada pela ANVISA, que é de 2400 miligramas. A lista de problemas causado pelo sódio em exagero inclui hipertensão, infarto, problemas renais. Por isso, evite consumir este tipo de sopa diariamente. Elas são uma boa opção só quando a despensa estiver vazia e não tiver outra opção. Se as embalagens prometerem farturas de nutrientes, cuidado, pois tais substâncias, quando desidratadas, correspondem a uma parcela pouco significativa na fórmula, como pedaços de legumes, etc.
 
 
Prefira as sopas caseiras feitas com legumes e verduras, além de carne magra, e, ainda, alimentos ricos em  fibra, como lentilha, feijão, arroz integral. Pode ser congelado em pequenas porções, para uma emergência.
 


SANDUICHE NATURAL
 
Na geladeira da lanchonete, o sanduíche embalado parece ser a opção certeira. Mas quem vê cara não vê nutrição. Escondidos entre as fatias de pão, queijo, cheddar, creme de leite, salame e muita maionese podem ser a derrota da dieta. Sem contar que dificilmente os industrializados seguem a fórmula do equilíbrio: carboidrato mais proteína, gorduras boas e fibras. Sempre falta um item ou mais, folhas verdes são raras. Os embutidos vêm abastecidos de nitrito e nitratos, aditivos químicos cujo excesso faz avançar o total de teor de sódio do cardápio.
 
Evite sanduíches nos pães de forma, franceses e outros à base de farinha branca; embutidos como
salame e mortadela; queijos amarelos como prato e provolone; e molhos sosé, tártaro e mostarda.
 

Prefira sanduíche nos pães integrais com aveia e centeio; queijos como ricota, cottage e minas light; embutidos e frios como chester e peito de frango defumado; e molhos à base de tomate, suco de limão ou iogurt desnatado.

 


DIET E LIGHT
 
Nos produtos diet, algum ingrediente é abolido. Pode ser açúcar, gordura ou sódio. Mas não há, necessariamente baixa do valor calórico, porque entra um substituto no lugar. Já o light têm redução de, no mínimo, 25% das calorias ou algum nutriente, como sódio. O chocolate diet pode ser tão ou mais calórico que o comum devido à quantidade de gordura na fórmula. É uma opção para diabéticos, mas sem vantagem para quem trava luta contra a balança.
 
Evite os alimentos diet, se não precisar tirar algum ingrediente da dieta. Afinal, com a saída do açúcar, por exemplo, entram adoçantes, como aspartame, e muitas vezes sobram gorduras e calorias.


Prefira versões light de baixa calorias, como iogurt mais magros, caso deseje acertar as contas com a balança. Ou com sódio reduzido, sal e shoyu light, para prevenir os males do acúmulo do mineral.

 
BARRINHAS
 
São aquelas guloseimas açucaradas ou snacks de proteína para atletas. As primeiras podem ter sabores que remetem a sobremesas. A contabilidade nutricional, porém, atinge cerca de 160 calorias mais óleos hidrogenados, gorduras saturadas, açúcar e sódio. Já as barras proteicas são bem-vindas apenas para quem malha. Ainda assim, há risco de sobrecarga renal por excesso de proteína, além de inchaço e retenção de líquido.
 
Evite as barrinhas que lembram biscoito, com recheio cremoso de frutas e envoltas em massa de farinha de arroz ou milho, e tantas outras lotadas de chocolate.


Prefira fórmulas com grãos inteiros e fartas em fibras, como a de granola, e sabores exóticos de quinua real e linhaça. Uma boa forma de escapar dos carboidratos simples, que saciam por tempo limitado.
 
 
 
 
CEREAL MATINAL
 
Flocos de milho, arroz são uma mão na roda pela manhã. Mas, nem todos carregam o estoque de vitaminas e minerais que se imagina, pois, boa parte se perde durante a fabricação. Pior: segundo o grupo britânico de pesquisa Wichi?, que analisou 50 cereais, o açúcar corresponde até 37% dos ingredientes, sem contar o sódio. Quanto ao leite que vai para a tigela, eis um impasse: O desnatado prevalecia, mas estudos destacaram a abundância de ácido linoleico no integral, que atua na inibição de placas de gordura.
 
Evite os cereais cobertos de açúcar e nos de chocolate, que são mais calóricos. Se tiver glucose, xarope de milho e maltodextrina na fórmula, o valor energético dispara.



Prefira os produtos com menos de 5 gramas de açúcar e, no mínimo, 3 gramas de fibra por porção. Alterne com aveia integral em flocos, que é fonte de cálcio, ferro, fibras e proteínas e livre de açúcar e sódio.

 
 
Fonte:  Revista Saúde
 
Nutricionista Lúcia Silva
 
 
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Animais têm consciência: trata-os como iguais.

Galinhas sentem empatia. Elefantes ficam deprimidos. Raposas vermelhas sentem a falta dos amigos. E todos sentem dor. Então qual é a diferença entre eu, vocês e eles?

 
Em julho de 2012, um grupo de cientistas reunidos na Universidade de Cambridge proclamou que humanos não são os únicos seres conscientes. "animais não-humanos como mamíferos e aves, e vários outros, incluindo o polvo, também possuem as faculdades neurológicas que geram consciência", declarou o grupo, na chamada declaração de Cambridge. Minha primeira reação foi de total incredulidade. Nós realmente precisávamos de um anúncio para definir algo tão óbvio?
 
Todo mundo sabe que os animais têm consciência. Eles percebem e entendem seu entorno. E muitos, entre eles golfinhos, elefantes e alguns pássaros, são inclusive auto conscientes. Eles possuem um certo senso de si. Pode ser que um cachorro não saiba quem  ele é do mesmo jeito que os humanos sabem. Mas, o ponto é: mesmo que não saibam quem são, eles têm consciência de sua própria dor. É o que acontece quando uma pessoa sofre um acidente com a cabeça e fica com amnésia. Normalmente essa pessoa sente muita dor, apesar de não se lembrar do próprio nome. Da mesma forma, é errado fazer um animal sofrer só porque ele pode não saber quem é.
 
Os pesquisadores descobriram mais do que isso. Sabemos, por exemplo, que ratos e galinhas sentem empatia. Eles conseguem se colocar no lugar dos bichos ao redor e sentem pena ao vê-lo sofrer. Elefantes vivenciam alegria, luto e depressão. lamentam a perda dos amigos, assim como os cães, chimpanzés e raposas vermelhas. Os polvos foram protegidos de pesquisas invasivas no Reino Unido bem antes dos chimpanzés, pois os cientistas já haviam reconhecido que eles são conscientes e sentem dor. Hoje muita gente ainda não quer admitir esses fatos, pois terão de mudar a forma como tratam os animais. Na verdade, temos de tratar todos os animais da mesma forma, com compaixão e empatia - sejam eles os "animais humanos" como nós, sejam todas as outras espécies.
 
Não se trata apenas de abatedouro - embora seja óbvio que, se houvesse mais vegetarianos no mundo, menos animais sofreriam. Estima-se que 25 milhões de ratos, pássaros, peixes e outros animais sejam usados todo ano em experimentos de laboratório. Muitos passam por um sofrimento terrível durante os testes e a naioria sofre "eutanásia", são mortos, depois. As pessoas justificam atitudes assim dizendo que vão ajudar os humanos. No entanto, mais de 90% das drogas que funcionam em animais não têm o mesmo efeito em nós. Menos de 10% delas nos ajudam de fato. Além disso, já existem forma de pesquisa que não maltratam os animais. Em lugar de gotejar xampu nos olhos de coelhos imobilizados, por exemplo, podemos usar modelos de computador para simular a ação do produto sem dano algum. Portanto, não se trata apenas de um desperdício de animais; é um desperdício de tempo e dinheiro que poderiam ser investidos em outras alternativas.
 
Portanto, devemos aplaudir a Declaração de Cambridge. Ela não tráz nada de novo, mas mostra que cientistas famosos finalmente admitem que animais têm consciência. A declaração é mais uma prova de que devemos tratar os animais com todo o respeito. E reconhecer que eles não querem sentir dor, do mesmo jeito que nós não queremos. Todos os animais devem ser tratados como indivíduos. Ainda vai levar tempo para que isso aconteça. Mas a boa notícia é que cada vez mais pessoas aderem a essa idéia.
 
Fonte: Revista SUPER INTERESSANTE
 
Nutricionista Lúcia Silva