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Bacharel em Nutrição, Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, Administração Hospitalar e Geriatria, além de Nutrição Esportiva e Estética. Cursos na área de Suplementação Nutricional, Alimentação Funcional, Boas Práticas de Fabricação e Manipulação, Fitoterapia Funcional, etc. Atuando em Assessoria Nutricional, Personal Diet e Consultório. Sempre em busca de saúde e bem-estar, respeitando religiões, tabus e individualidade bioquímica, pois o que é bom para uma pessoa pode não ser para outra.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Animais têm consciência: trata-os como iguais.

Galinhas sentem empatia. Elefantes ficam deprimidos. Raposas vermelhas sentem a falta dos amigos. E todos sentem dor. Então qual é a diferença entre eu, vocês e eles?

 
Em julho de 2012, um grupo de cientistas reunidos na Universidade de Cambridge proclamou que humanos não são os únicos seres conscientes. "animais não-humanos como mamíferos e aves, e vários outros, incluindo o polvo, também possuem as faculdades neurológicas que geram consciência", declarou o grupo, na chamada declaração de Cambridge. Minha primeira reação foi de total incredulidade. Nós realmente precisávamos de um anúncio para definir algo tão óbvio?
 
Todo mundo sabe que os animais têm consciência. Eles percebem e entendem seu entorno. E muitos, entre eles golfinhos, elefantes e alguns pássaros, são inclusive auto conscientes. Eles possuem um certo senso de si. Pode ser que um cachorro não saiba quem  ele é do mesmo jeito que os humanos sabem. Mas, o ponto é: mesmo que não saibam quem são, eles têm consciência de sua própria dor. É o que acontece quando uma pessoa sofre um acidente com a cabeça e fica com amnésia. Normalmente essa pessoa sente muita dor, apesar de não se lembrar do próprio nome. Da mesma forma, é errado fazer um animal sofrer só porque ele pode não saber quem é.
 
Os pesquisadores descobriram mais do que isso. Sabemos, por exemplo, que ratos e galinhas sentem empatia. Eles conseguem se colocar no lugar dos bichos ao redor e sentem pena ao vê-lo sofrer. Elefantes vivenciam alegria, luto e depressão. lamentam a perda dos amigos, assim como os cães, chimpanzés e raposas vermelhas. Os polvos foram protegidos de pesquisas invasivas no Reino Unido bem antes dos chimpanzés, pois os cientistas já haviam reconhecido que eles são conscientes e sentem dor. Hoje muita gente ainda não quer admitir esses fatos, pois terão de mudar a forma como tratam os animais. Na verdade, temos de tratar todos os animais da mesma forma, com compaixão e empatia - sejam eles os "animais humanos" como nós, sejam todas as outras espécies.
 
Não se trata apenas de abatedouro - embora seja óbvio que, se houvesse mais vegetarianos no mundo, menos animais sofreriam. Estima-se que 25 milhões de ratos, pássaros, peixes e outros animais sejam usados todo ano em experimentos de laboratório. Muitos passam por um sofrimento terrível durante os testes e a naioria sofre "eutanásia", são mortos, depois. As pessoas justificam atitudes assim dizendo que vão ajudar os humanos. No entanto, mais de 90% das drogas que funcionam em animais não têm o mesmo efeito em nós. Menos de 10% delas nos ajudam de fato. Além disso, já existem forma de pesquisa que não maltratam os animais. Em lugar de gotejar xampu nos olhos de coelhos imobilizados, por exemplo, podemos usar modelos de computador para simular a ação do produto sem dano algum. Portanto, não se trata apenas de um desperdício de animais; é um desperdício de tempo e dinheiro que poderiam ser investidos em outras alternativas.
 
Portanto, devemos aplaudir a Declaração de Cambridge. Ela não tráz nada de novo, mas mostra que cientistas famosos finalmente admitem que animais têm consciência. A declaração é mais uma prova de que devemos tratar os animais com todo o respeito. E reconhecer que eles não querem sentir dor, do mesmo jeito que nós não queremos. Todos os animais devem ser tratados como indivíduos. Ainda vai levar tempo para que isso aconteça. Mas a boa notícia é que cada vez mais pessoas aderem a essa idéia.
 
Fonte: Revista SUPER INTERESSANTE
 
Nutricionista Lúcia Silva

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